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Modelo iLPF: integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Diferentes estratégias de utilização do solo com a integração Lavoura-Pecuária-Floresta e as conseqüências em termos de Serviços Ambientais na Amazonia.

  • Pierre BOMMEL (Cirad - PUC-Rio),
  • René POCCARD (Cirad - Embrapa CPATU),
  • Amaury BENDAHAN (Embrapa-Roraima),
  • Emilie COUDEL (Cirad - Embrapa CPATU)
 

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Objetivo do Modelo

O modelo iLPF tem como objetivo a avaliação de cenários ligados à integração Lavoura-Pecuária-Floresta na Amazonia. Os diversos cenários permitirão comparar diferentes estratégias de utilização do solo e as conseqüências em termos de Serviços Ambientais. Os indicadores de comparação devem permitir avaliar:

  • Diminuir impactos ambientais das atividades agrícolas;
  • Preservar reservas florestais e matas ciliares;
  • Recuperar áreas degradadas, criando condições propícias para a produção e diminuindo a necessidade de desmatamentos de novas áreas;
  • Gerar empregos, renda e melhores condições ao produtor rural.

Quais cenários?

Definimos 4 cenários:

  1. Business as usual
  2. Respeitar a lei
  3. Maximizar a prestação de serviços ambientais
  4. Maximizar a intensificação da produção.

Estes cenários são comparados aplicando-os em 4 estratégias de uso do solo correspondente a quatro tipos de atores. Cada atore-tipo prefere um padrão de gestão do seu estabelecimento de forma seguinte:

  1. Priorizar a pecuária
  2. Priorizar as culturas perenes
  3. Priorizar a agricultura
  4. Priorizar a diversificação

Um cenário é concebido como um conjunto de módulos inseridos nas atividades básicas e assim vão alterar as práticas. Estes módulos são:

  1. A agricultura de conservação (plantio direto) I
  2. ntensificação da pecuária (a. pasto - b. pasto e rebanho)
  3. Manejo florestal sustentável
  4. Desmatamento evitado (apesar de não desmatar mesmo abaixo do permitido)
  5. Sistema agro-florestal
  6. Descanso em pousio (Regeneração)
  7. Parar o uso do fogo para limpeza do pasto.
  8. Recuperação acelerada do passivo ambiental
  9. Silvopastoril

Os cenários 0 correspondem aos cenários de "controlo". Não há restrição legal, nem remuneração por Serviço Ambiental.

Os cenários 1: "Respeitar a lei". Módulos 6 e 7

Cálculo do Passivo ambiental e criação de um plano de recuperação (30 anos para recuperar o passivo) com base no módulo 6 (descanso), se acima do limite da reserva legal e das APPs. Se abaixo do limiar, o agente não exceda os 50% do desmatamento, sem derrubar nas APPs, claro. Implementação do módulo 7 (parar o uso do fogo no pasto), mas ele pode queimar e derrubar fora da reserva legal.

Os cenários 2: "Maximizar a prestação de serviços ambientais." Módulos 2, 3, 4, 5, 7 e 8

Com base no módulo 5 (silvicultura). Cada ano,

  • Implantar e proteger as árvores em AAR / 2 (Area Anual a Reflorestar) das APPs desmatadas e ARR / 2 pixels não-florestais.
  • Desenvolver a silvicultura (Módulo 5) além dos 50%, com árvores em pastagem
  • Obter o passivo ambiental em carácter prioritário (módulo 8)
  • Manejo Florestal Sustentável (Módulo 3) na RL
  • Para o desmatamento evitado (Módulo 4)
  • Intensificação do manejo das pastagens (módulo 2a)
  • Implementação do Módulo 7 (parar o uso do fogo no pasto).

Proibido de derrubar e queimar, mesmo se passivo ambiental é positivo. Receber uma compensação por serviços ambientais.

Os cenários 3: "Maximizar a intensificação da produção". Módulos 1, 2, 5 e 7

Intensificar a prioridade ficando dentro da lei.

Introdução de novas práticas:

  • Se a estratégia pecuarista, a intensificação da produção pecuária (criação de parcelas menores e melhor mantida, silvopastoril, recuperação de pastagens degradadas pela agricultura de conservação (plantio direto) em dois anos).
  • Se a estratégia é Diversificada: - Agricultura = Agricultura de conservação unicamente (4 anos) - Pecuária (idem estratégia pecuarista) - Nenhuma mudança para as culturas perenes.

Além disso, sendo que a estrutura familiar tem um papel importante na viabilidade económica, as simulações são repetidas à partir de inicializações com uma família pequena e com uma família maior.

Finalmente, a estrutura da vegetação do estabelecimento no início também influencia os resultados. É por isso que para uma mesma família, uma mesma estratégia e um cenário determinado, as simulações são aplicadas a um estabelecimento inicialmente em floresta e a um estabelecimento parcialmente desmatado.

Para todas estas razões, o modelo é analisado através do cruzamento de todos os factores, tais como a figura seguinte resume:

Processo de analise do modelo

Descrição do modelo

O SMA ilPF é constituído por dois módulos:.

- O módulo fundiário representa a organização espacial. Situado ao longo de uma estrada vicinal, o lote de colonização de 100 ha é dividido em parcelas de 400 m2. A cada parcela atribui-se um tipo de solo, uma declividade e uma cobertura vegetal: floresta, capoeira ou cultura de subsistência, perene ou forrageira.

O rebanho é distribuído em pastos com uma carga media de uma cabeça/há, na versão básica sem intensificação. Cada cobertura possui atributos técnico-econômicos, sua própria dinâmica, suas exigências em termos de mão-de-obra e de insumos e uma produção. Cada estação, ele gera uma produção, que é imediatamente convertida em dinheiro no momento da colheita. Mas sem manutenção, sua produtividade diminui e ele acaba desaparecendo. Esse módulo espacializado calcula a produção de cada cobertura e faz com que evoluam naturalmente: sem produtor, uma paisagem evolui progressivamente em direção à floresta. O diagrama de estado-transição (ilustração 3) mostra todas diferentes coberturas que existem no modelo e as maneiras de trocar de uma cobertura para outra, a traves das transições. As transições vermelhas correspondem às atividades humanas (deruba, plantio,...).

Diagrama de Estado-Transição da cobertura vegetal

O segundo módulo representa a família. Um agente (uma família de n membros) dispõe de dois recursos: sua mão-de-obra ativa, que ele utiliza para seus trabalhos ou que ele vende afora, e seu dinheiro, que ele recupera no momento das colheitas ou da venda de sua mão-de-obra. Ele gasta esse dinheiro para o consumo da família, os custos ligados aos trabalhos, a contratação ocasional de força de trabalho e a compra de vacas. Sua mão-de-obra equivale a uma quantidade de jornadas de trabalho disponível que diminui com as tarefas realizadas. Essa quantidade é atualizada no início de cada estação (Ilustração 5).

diagrama sistêmico de um produtor

Alguns resultados

O modelo foi implantado na plataforma Cormas, mas todos os cenários ainda não foram finalizados. Hoje os cenários 0 "Business as usual" e 1 "Respeitar a lei" são implementados e estamos elaborando os cenários 2 e 3. Também temos que analisar os primeiros resultados para continuar verificar o bom funcionamento do SMA. Um código de cor foi associado para cada tipo de cobertura (Ilustração 9). Os resultados seguintes são obtidos a partir de simulações utilizando uma propriedade de 100 ha já parcialmente desmatada e com uma família de 5 membros cujo 3 activos. O cash inicial é de 1000 R$ por pessoa.

Resultados cenário 0

Impactos sobre o desmatamento:

Exemplo de simulações (pecuarista e diversificado):

Pecuarista
Diversificado

Dinámicas das rendas:

Resultados cenário 1

Impactos sobre o desmatamento:

Exemplo de simulações (pecuarista e diversificado):

Pecuarista
Diversificado

Dinámicas das rendas:

Assim o respeito estrito da lei pode permitir a conservação da floresta e a recuperação do passivo ambiental, mas o custo social é uma perda extrema de renda familiar.

Para mais informação, contactar os autores.

 


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